quinta-feira

Fleuner

Já não faz porquê acordar de manhã
porque todos os dias são o mesmo.
Presa dentro deste casulo,
o novo é uma peça de roupa ou uma xícara de café...
Talvez nem isso.

 A mesma roupa não deve ser tão ruim,
 o mesmo café de ontem.
Frio.
E isso não é sofrer,
Um novo dia e aprendizado,
talvez o mesmo dia e aprendizado nenhum.

São quatro horas, retroativas,
são oito horas e são as mesmas.
Sentada de frente pra um computador,
nada a dizer, nem a pensar, nada a fazer.

Fingir.

Sorrir um sorriso que não é meu, não é de ninguem.
Na verdade, nunca será.
Somos todos os mesmos.
Nem tudo é tão ruim.

E quinze minutos para um cigarro.
Não faz pensar, sedativo, adorável,
Algumas gotas de água.

E isso não é sofrer. Mas se isso não é sofrer...

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